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Os 50 Melhores Discos Nacionais de 2012 [40-31]

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Os 50 Melhores Discos Nacionais de 2012

[40-31]

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Felipe Cordeiro

#40. Felipe Cordeiro
Kitsch Pop Cult (Ná Music)

Resumo apurado do que tem acontecido na música paraense, o registro – que contou com a produção de André Abujamra – deixa clara todas suas intenções logo nos minutos iniciais. Legal E Ilegal vai até os sons inaugurados na década de 1970, pendendo em alguns momentos para o tom latino da produção realizada em países vizinhos. Surge assim a face “Kitsch” do trabalho. Fanzine Kitsch por sua vez aparece envolta em batidas eletrônicas modernas, versos fáceis e toda uma atmosfera que muito se relaciona com a New Wave da Blitz (o backing vocal é comicamente similar), trazendo à tona o lado “Pop” que Cordeiro anuncia no título da obra. Já o aspecto “Cult” aparece próximo do fim do álbum, ou melhor, na instrumental Fim De Festa, com as batidas alicerçadas por DJ Waldo Squash se aproximando da sonoridade que embala moderninhos em todo o país ou mesmo fora dele. Visivelmente despretensioso, o álbum ganha destaque e cresce justamente por não parecer grande ou revolucionário. Entretanto, mesmo sem querer, Kitsch Pop Cult acaba se transformando na mais consistente e ampla obra do atual cenário paranaense. A pluralidade, não apenas de ritmos, mas de épocas que se concentra no interior da obra serve como uma introdução coerente aos desavisados ou iludidos que afirmam “conhecer” o que por lá é anunciado. Felipe Cordeiro deu a largada, agora é ver onde isso vai parar. (Resenha)

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Hidrocor

#39. Hidrocor
Edifício Bambi (Independente)

Marcelo Perdido e Rodrigo Caldas conseguiram traduzir boa parte do que identifica os sentimentos humanos de forma simples, porém encantadora na primeira grande obra da Hidrocor. Construído em cima de recortes de velhas e novas composições, Edifício Bambi é um passeio suave por acordes simplistas de violão e versos que se acomodam de maneira confortável nos ouvidos do espectador logo na primeira audição. Recheado até a última música por honestas declarações de amor e recortes bem humorados do cotidiano, a estreia do duo paulistano parece buscar por um espaço próprio dentro do panorama indie nacional, se acomodando em um amontoado de sensações serenas que evitam a todo custo qualquer forma de exagero. Uma seleção de faixas que devem integrar qualquer mixtape romântica ou provável canção tema para iniciar um novo amor. Entre listras e xadrez, miojos e croissants, a dupla se aproxima de Lulina e Tatá Aeroplano para garantir complemento ao disco, trabalho que soa tão cantarolável quanto qualquer música em um comercial de margarina. (Resenha)

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Lê Almeida

#38. Lê Almeida
Pré Ambulatório EP (Transfusão Noise Records)

É possível lançar um disco de música pop sem que ele se estabeleça em cima de exageros típicos de trabalhos do gênero? Ouça o mais novo EP do músico carioca Lê Almeida e você verá que sim. Quebra dos percursos maduros assumidos no decorrer do primeiro disco “de estúdio” do músico, Mono Maçã (2011), em Pré Ambulatório o maior representante do Lo-Fi tupiniquim vai de encontro ao mesmo som leve e descompromissado que havia testado recentemente, acomodando guitarras sujas e vozes poluídas que grudam tanto quanto chiclete. Diga adeus à limpidez óbvia do rock nacional, e deixe que Almeida te acompanhe em um lago psicodélico de versos fáceis e guitarras intencionalmente hipnóticas. Continuação aprimorada do que o responsável pelo selo Transfusão Noise Records havia testado no decorrer de Revi EP (2009), ao pisar no novo trabalho Almeida abandona significativamente as aproximações com a obra de Robert Pollard para se entregar de vez aos entalhes de Stephen Malkmus. Ainda que o clima caseiro e a curta duração das faixas mantenha firme a conexão com obras clássicas de Pollard e sua banda, principalmente Alien Lanes (1995), a intensa relação com a psicodelia, detalhes de pura assimilação pop e versos que brincam com o nonsense arrastam o músico imediatamente para o misto de lisergia lo-fi que une Wowee Zowee (1997) com Slanted And Enchanted (1992). (Resenha)

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Amabis

#37. Amabis
Trabalhos Carnívoros

Gui Amabis parece ter tomado gosto pela gravação de registros próprios. Por anos figura parcialmente oculta dentro do cenário musical, o cantor, compositor (de trilhas como Senhor Das Armas e Bruna Surfistinha) e multi-instrumentista chega ao segundo álbum pouco tempo depois de aportar as caravelas em Memórias Luso/Africanas (2010), registro que marca a estreia definitiva em carreira solo. Protegido pelo título emblemático de Trabalhos Carnívoros o novo álbum parece seguir de maneira ampliada o que há de mais estranho e peculiar na obra do artista, que nos arrasta sem esforço para uma mistura irregular (e sempre instável) de samba, rock, minimalismos sombrios e toda uma diversidade de referências que se partem em rumos incertos a cada nova composição. Solitário do ponto de vista diversificado que regia cada faixa do trabalho anterior, em novo projeto Amabis se distancia da colaboração marcante de Tulipa Ruiz, Criolo, Lucas Santtana (que inclusive utilizou de O Deus Que Devasta, Mas Também Cura para dar título ao mais novo trabalho de estúdio) e toda a frente de vozes que o seguiam pelo disco. A medida parece ampliar significativamente todos os acertos que já se materializavam no trabalho anterior, como se o cantor tivesse de fato certeza do que está fornecendo ao ouvinte (figura que deve se sentir mais íntima do atual projeto) bem como do terreno que desbrava e ao mesmo tempo constrói. (Resenha)

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The Cigarettes

#36. The Cigarettes
The Cigarettes (Midsummer Madness)

Marcelo Colares demorou quase duas décadas para lançar o melhor e mais completo registro à frente de sua banda “particular”, o The Cigarettes. Criado pelo músico em 1994, o projeto é ao lado de bandas como Pelvs, Second Come, e Astromato um dos grandes representantes do rock alternativo que invadiu a cena carioca e paulistana no começo da mesma década. Uma surpreendente e inspirada onda de artistas que ajudaram a estabelecer importantes características e marcas ao panorama local, cenário que mais tarde ganharia visível força, estrutura, um selo próprio (Midsummer Madness) e definiria de vez o que ainda hoje é compreendido como os primeiros anos do indie rock em solo tupiniquim. Mais do que um retorno do artista de Itaperuna – que desde o álbum All Is Well (2005) não lança um novo álbum completo -, o homônimo trabalho serve como um brilhante cartão de visita de Colares para toda uma nova geração de ouvintes. É como se o compositor ocupasse cada uma das 11 canções do presente disco de forma a se apresentar pela primeira vez a um inédito e desconhecido público. (Resenha)

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Gambito Budapeste

#35. Nina Becker & Marcelo Callado
Gambito Budapeste (YB/Bolacha)

Embora juntos há tempos, foi só no começo de 2011 que o casal Nina Becker e Marcelo Callado se encontrou musicalmente. Aproveitando o tempo livre do começo de ano, a dupla foi até Brejal (distrito de Itaipava, Rio de Janeiro) contando apenas de um computador, parcos versos e sem a mínima noção de um registro futuro. As pequenas criações se transformariam aos conselhos de Carlos Eduardo Miranda no primeiro registro físico do casal, Gambito Budapeste, trabalho que mantém na intimidade a força para crescer. Dotado de uma proposta caseira, o registro arrasta o ouvinte para o universo particular, que entre momentos de fragilidade (Nuvem), ascensão (Marco Zero) e experimentos (Futuro), cruza todas as influências que tanto marcam as individualidades de cada um dos compositores. Dos apelos interioranos que definem a bucólica Armei A Rede ao toque de folk que costura Saudade Vem, tudo no álbum se fragmenta como uma doce descoberta para ambos, afinal, enquanto ele trouxe à ela o despojo do chacundum, Becker aproximou Callado da calmaria que preenche os acordes da bossa nova. Tudo é mutuo, compartilhado e íntimo, fazendo com que em diversos momentos o ouvinte se sinta até desconfortável, como se estivesse sentado no mesmo quarto onde um casal aos poucos se descobre. (Resenha)

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Macaco Bong

#34. Macaco Bong
This Is Rolê (Popfuzz/Locomotiva)

As guitarras e o peso da instrumentação sempre foram constantes naturais e necessárias à carreira da banda Macaco Bong. Ainda que favoráveis a esse tipo de manifestação acústica, nunca antes tal predisposição teve tanto espaço (e impacto) dentro de um registro do grupo cuiabano quanto agora. Com a chegada do raivoso This Is Rolê , segundo álbum do trio mato-grossense, podemos observar uma transformação descomunal no uso ativo de acordes e distorções densas que (ainda assim) fluem capazes de nos convidar para dançar. Um álbum raro que mantém o peso de forma integral, sabe como arriscar e ainda assim funciona de maneira tão comercial quanto um típico tratado radiofônico. Sucessor do aclamado Artista Igual Pedreiro – obra conceitual lançada em 2008 e eleita por uma série de publicações como o melhor registro daquele ano -, com o novo disco a banda preza por um som de consideráveis transformações e aberturas sonoras. Ora afundado em distorções soberbas que flertam abertamente com o Sludge Metal, ora dançante e até capaz de capaz de atrair o espectador de ouvidos “despreparados”, o recente projeto de nove faixas mantém a veia instrumental do lançamento anterior, se desvencilhando de composições volumosas e jazzísticas para tratar abertamente de um som “simples” e despretensioso. (Resenha)

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Elma

#33. Elma
Elma LP (Submarine)

Existe uma estranha beleza e um valor incontestável no trabalho de artistas nacionais que lidam com o rock instrumental em suas múltiplas formas. Uma manifestação por vezes esquecida por alguns ouvidos mais “críticos”, mas que está longe de ser encontrada em projetos elaborados em solo estrangeiro: a constante capacidade de experimentar. Enquanto nomes de peso da cena internacional que brincam com o gênero e suas inúmeras variáveis se acomodam em uma série de padrões repetitivos depois de alcançada a tão sonhada fórmula base, no Brasil temos um completo oposto desse infeliz padrão, com artistas que mesmo veteranos fazem de cada presente lançamento um novo começo e uma possibilidade de mais uma vez se reinventar. É o caso da banda mezzo paulistana, mezzo mineira Elma, que ao alcançar dez anos de carreira faz do atual trabalho uma capacidade de perverter tudo aquilo que fora construído previamente. Aos comandos de Fernando Seixlack (bateria), Ricardo Lopes (baixo), Paulo Cyrino (guitarra) e Bernardo Pacheco (guitarra), o mais recente lançamento da banda, Elma LP (2012, Submarine), traz de volta o mesmo espírito entusiasmado dos primeiros singles lançados pelo grupo. Costurando por meio de guitarras sombrias e ambientações sujas uma sequência de manifestações acústicas que se alteram a todo o instante, o grupo monta um trabalho que encontra na constante transformação um “padrão” que dá movimento ao disco. (Resenha)

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Lóvi

#32. Dead Lover’s Twisted Heart
Lóvi EP (Independente)

Nenhum grupo brasileiro passou por uma transformação tão grande em 2012 quanto o quarteto mineiro Dead Lover’s Twisted Heart. O que antes era traduzido como um folk rock confortável e pouco expressivo no autointitulado primeiro disco da banda, hoje se materializa em uma sequência de acordes ensolarados, passagens por ritmos tropicais e versos em bom português que se derramam em melancolias sinceras. Mesmo capazes de construir a uma das composições mais tristes da música recente - Eu Tenho, parceria com o veterano Odair José -, o grupo utiliza da saudade e da amargura de maneira inusitada, costurando os versos dolorosos em um colorido cardápio de sons que esbarram no Carimbó, flertam com o axé e resgatam o que há de mais quente na música nacional. Por mais que o registro seja trabalhado em cima de um grupo pequeno de cinco rápidas composições, Lóvi assume a forma de um trabalho tão amplo quanto qualquer provável “obra completa”, bastando a grandiosidade de Apocalipse do Amor ou a simplicidade sofrida de Sei para que isso se torne visível. Um registro fisicamente pequeno, mas de grandeza instrumental e sentimentos imensos. (Resenha)

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Rosie and Me

#31. Rosie and Me
Arrow Of My Ways (Independente)

Seja a leveza instrumental do EP Bird and Whale (2010) ou mesmo as referências conquistadas dentro das primeiras composições do Rosie and Me, pouco sobreviveu no ambiente escuro que cresce em Arrow Of My Ways. “Estreia” do grupo curitibano comandado por Rosane Machado, o registro passeia doloroso pelo cancioneiro norte-americano (antigo e recente), não como um trabalho que se apega a referências estrangeiras de maneira forçada, mas como uma obra honesta e coerente com aquilo que busca representar. Construído em cima de um cenário de despedidas constantes, amores que não deram certo e uma boa dose de álcool, o álbum cruza versos corrompidos pela amargura com um jogo de guitarras slide que recheiam cada espaço das canções. Essencialmente confessional e excessivamente dramático em alguns pontos, o disco surge como um curioso recorte bucólico-urbano, resultado das líricas fomentadas por referências contemporâneas em contraste à instrumentação que parece fluir como pano de fundo para um cenário campestre. (Resenha)

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[50-41] - [30-21]

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